Nova espécie de crustáceo da praia, o Ruffosius fluminensis, foi identificada por aluno de doutorado do Museu Nacional da UFRJ, na Baía de Guanabara. E mais: programa vai monitorar a população do boto-cinza (Sotalia guianensis) nas mesmas águas. Esses e outros trabalhos resultam de estudo inédito — da Petrobras em parceria com universidades — sobre manguezais, rios, praias e costões rochosos no acidente geográfico.

Trata-se de um inventário da fauna e flora, incluindo informações sobre camarões, caranguejos, peixes e aves. O trabalho foi coordenado pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes) com participação de cerca de 70 pesquisadores da PUC-Rio, UFRJ, UFPR, Uerj, Furg, UFRRJ, UFF e USP, além de consultores internacionais. O objetivo é avaliar a qualidade ambiental e os ecossistemas.

Resultados apontam que, apesar de estar próxima da Região Metropolitana do Rio, a baía continua a ser berçário de espécies de peixes e crustáceos, com predominância de camarões e siris, além de abrigar mais de 100 tipos de aves. As melhores condições ambientais estão em manguezais, áreas protegidas e rurais, à entrada da baía e no canal central, devido à influência das águas costeiras. Um dos pontos que favorecem a biodiversidade é a hidrodinâmica e o fato de, em ciclos de 11 dias, metade da água ser renovada.

De 20 praias, Moreninha e Relógio, em Paquetá, apresentaram a maior biodiversidade, enquanto que as de Ramos e Catalão, na Ilha do Fundão, têm baixa incidência. A pesquisa mostra áreas de maior degradação, sendo a carga orgânica o maior poluidor. Na segunda fase do estudo, prevista para começar em 2012, será implantado modelo de monitoramento da Baía de Guanabara para avaliar sua qualidade ambiental.

Fonte: O Dia Online

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *