enfrentamento da hanseníase no Brasil foi o tema de uma transmissão ao vivo nesta segunda-feira (08) na página do presidente Jair Bolsonaro no Facebook. Ele recebeu, no Palácio do Planalto, Yohei Sasakawa, presidente da Fundação Nippon que promove um trabalho internacional de prevenção e tratamento da doença.
O Brasil é o segundo país com a maior incidência da hanseníase no mundo. “No Brasil, cada grupo de 10 pessoas, 1,3 tem hanseníase. Estamos fazendo as contas aqui, nós devemos ter mais de 100 mil pessoas com hanseníase no Brasil no momento. Isso acontece junto às pessoas mais pobres”, disse Bolsonaro.
“No passado, quem tinha hanseníase, era isolado. Tem gente que tem essa doença, tem vergonha, não se apresenta e fica escondido. Tem tratamento, com antibióticos, é gratuito, e a pessoa pode rapidamente ficar livre disso”, ressaltou o presidente.
O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, participou da live e orientou as pessoas a identificar a doença e procurar tratamento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS). “Uma pequena mancha na pele, pode ser na mão, no braço, em qualquer lugar do corpo. E essa mancha com menor sensibilidade. Pegue uma caneta, um lápis, aperte. Muitas vezes, na mancha da hanseníase, a pessoa não sente a pressão da ponta da caneta, é uma mancha com baixa sensibilidade”, explicou.
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que também acompanhou a transmissão, destacou que se alguém teve a doença no passado e ficou internado em manicômios tem direito à indenização e deve procurar o ministério.
O presidente da Fundação Nippon acrescentou que o preconceito em torno da hanseníase precisa ser desmistificado. “Hoje, temos medicamento gratuito. Não se trata de uma doença vergonhosa, é uma doença facilmente curável”.
A doença
A hanseníase, conhecida antigamente como lepra, é uma doença crônica, transmissível pelas vias respiratórias, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Ela possui como agente o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de pessoas e atinge, principalmente, a pele e os nervos periféricos, com um alto poder incapacitante. A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade.
Fonte: Governo do Brasil