Paulínia/SP – Refinaria da Petrobras, em Paulínia (SP), confirmou na manhã desta terça-feira (21) que a produção de derivados de petróleo na unidade ainda não foi retomada após a explosão e não há prazo definido ainda. No entanto, os funcionários já puderam retornar às suas funções na Replan.
Os trabalhadores cumprem expediente e realizam atividades de rotina que independem da retomada da produção. Imagens de dentro da Replan mostram a explosão, que ocorreu na madrugada de segunda (20). É possível ver parte da estrutura de tubulações danificada pelo fogo.
De acordo com a Petrobras, uma comissão foi instaurada para avaliar os danos, as causas, a área afetada e a possibilidade da produção ser restabelecida. Ainda não se sabe se a refinaria teria condições de retomar a produção parcialmente.
Carretas de transporte de combustíveis estão conseguindo abastecer na Replan, nesta terça. Segundo a Petrobras, caso o estoque de Paulínia acabe, o combustível vira de outras refinarias do país. A empresa diz que não há possibilidade de aumento no preço dos produtos por conta do incidente.
De acordo com coordenador regional do sindicato Sindipetro Unificado de São Paulo, Gustavo Marsaioli, as investigações começam nesta terça.
Observatório captou explosão
Observatório Municipal de Campinas (SP) conseguiu captar o clarão da explosão na Replan, na madruigada de segunda. Na imagem de uma das câmeras, que mostra o céu, surge uma luz intensa no momento em que houve o incidente na refinaria.
A explosão atingiu a caldeira de craqueamento, que havia passado por manutenção recentemente, e a unidade de destilação, onde o combustível é aquecido a altas temperaturasmas. Ninguém se feriu.
Risco de contaminação no Rio Atibaia
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) apura se a água usada no rescaldo do incêndio foi suficiente para contaminar o Rio Atibaia. A Cetesb emitiu um alerta para a BRK Ambiental, empresa responsável pela captação de água na cidade de Sumaré (SP), que faz o monitoramento da qualidade da água, informou a EPTV, afiliada da Tv Globo.
Carlos Ferreira Lopes, biólogo do setor de atendimento a emergências da Cetesb, confirmou à EPTV, que parte dos resíduos chegaram até o rio, mas ainda não é possível precisar impacto.
“Talvez não consigamos nem saber quanto que chegou desse rescaldo no Rio Atibaia, mas parte disso realmente chegou. Um rio volumoso em termos de água, então isso ajuda a depurar, ajuda a diluir os poluentes. Nós não podemos afirmar que não vá haver algum resultado na captação, mas é muito difícil que isso aconteça em função da distância do ponto de lançamento”, explica.
Nesta segunda, a Petrobras informou, por nota, que nenhum óleo atingiu o Rio Atibaia. De acordo com a estatal, todo o óleo vazado durante a emergência foi contido dentro da refinaria com uso de barreiras flutuantes e diques de contenção. Também foram colocadas barreiras preventivas em três pontos do rio.
Fonte: Revista Proteção