Temperatura maior causaria perda de espaço vital para animais e vegetais.
Risco será maior para plantas, anfíbios e répteis; Amazônia seria afetada.
Mais da metade das espécies vegetais e um terço das animais mais comuns terão seu espaço vital reduzido à metade até 2080 se a temperatura do planeta continuar a aumentar, segundo estudo publicado neste domingo (12) na revista “Nature Climate Change”.

O aumento das emissões de gás de efeito estufa colocam o planeta em uma trajetória de aquecimento de cerca de 4 °C até o final do século, em relação aos níveis pré-industriais. Os pesquisadores da universidade britânica de East Anglia estudaram o impacto de um aumento de temperatura nas “zonas climáticas” de 48.786 espécies, ou seja, nos locais em que as condições climáticas são propícias a sua existência.

Segundo suas conclusões, cerca de 55% das plantas e 35% dos animais poderiam ver esse espaço reduzido à metade até 2080. O risco será maior para as plantas, os anfíbios e os répteis, porque o ritmo de sua capacidade de adaptação é mais lento que o da mudança climática, dizem os pesquisadores.

As áreas mais afetadas seriam a África subsaariana, América Central, Amazônia e Austrália. Segundo a pesquisadora Rachel Warren, essas estimativas provavelmente são menores que as condições reais, já que levam em conta apenas o impacto do aumento de temperatura e não considera os eventos extremos provocados pela mudança climática como os ciclones ou as inundações.

Humanos serão impactados
“As populações de animais em particular poderiam desaparecer em maior proporção do que a que estimamos pela diminuição das plantas disponíveis para se alimentar”, explica em um comunicado apresentado pelo estudo. “Também haverá consequências para o homem porque há espécies que são importantes para a purificação da água e do ar, para limitar as inundações e para o ciclo de alimentação”, acrescenta.

Segundo o estudo, esse impacto sobre as zonas climáticas das espécies poderia ser limitado de forma significativa, se forem tomadas medidas, rapidamente, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Se a emissão de gases de efeito estufa for limitada até 2016, uma possibilidade considerada irreal, as perdas de zonas climáticas seriam reduzidas 60% e se esse ponto máximo for alcançado em 2030, a cifra seria de 40%, conclui.

Fonte G1

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