Caos aéreo na Europa já é o maior desde a Segunda Guerra e pode continuar neste fim de semana
Londres – Ao contrário das primeiras previsões, a paralisação do tráfego aéreo continuou ontem nos principais aeroportos da Europa e até a noite de ontem ameaçava se prolongar pelo final de semana, por causa das nuvens de cinzas expelidas por um vulcão na Islândia. A interrupção dos pousos e decolagens, que já é a maior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, foi estendida a outros países, como a Alemanha.

Em Belfast (Irlanda), turbina de avião ganha proteção contra cinzas. Foto: AFP.Passageiros brasileiros continuam sendo prejudicados. Voos que partiriam do Rio para Paris, Frankfurt e Londres foram cancelados ontem.

As companhias estão orientando passageiros de quaisquer voos para a Europa que consultem as empresas para saber a situação de seus voos.
Segundo a Eurocontrol, agência de controle de aviação europeia, ontem apenas cerca de 12 mil dos 29,5 mil voos diários funcionaram normalmente. Na manhã de ontem, o espaço aéreo ainda estava fechado em 17 países. Na quinta-feira, só 20.334 voos partiram. Cerca de 1,3 milhão de passageiros em todo o mundo já foram afetados pelo problema.

FUNERAL NA POLÔNIA MANTIDO

Além da Alemanha, também ontem outros países, até então poupados, se juntaram à lista dos prejudicados: os países bálticos, grande parte da República Tcheca (incluindo Praga) e a Áustria. Outro país que interrompeu quase todo o tráfego aéreo foi a Polônia, incluindo a região da Cracóvia, onde delegações devem se reunir amanhã para o funeral do presidente Lech Kaczynski, morto num acidente de avião na Rússia. A cerimônia será realizada como previsto, diz a presidência.

O prejuízo com o caos aéreo deve atingir cerca de 2 milhões de dólares por dia. Apesar de o Reino Unido, um dos países mais afetados pelo problema, calcular que a situação do norte de seu território pode melhorar, há chances de a nuvem se alastrar até o sul da Europa hoje, fechando mais aeroportos.

Além de prejudicar a visibilidade, a fumaça pode levar partículas para dentro das turbinas das aeronaves, aumentando o risco de acidentes. Especialistas se preocupam com a possibilidade de a deposição de cinzas do vulcão comprometer a água potável.
Fonte: O Dia online

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