Minas Gerais – A maior parte das vítimas do rompimento da barragem da Mina do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, era funcionário ou prestador de serviços da Vale. Na manhã desta terça-feira (5), o auditor fiscal do trabalho Mário Parreiras de Faria comentou no Bom Dia Minas que o setor de mineração tem a maior taxa de mortalidade em acidentes de trabalho no país.

Faria é coordenador da Comissão Permanente Nacional Do Setor Minerário e afirmou que a taxa de mortalidade do setor mineral é cerca de quatro vezes maior do que a taxa de mortalidade dos demais setores. “O que mata na mineração é soterramento, choque elétrico e acidente com transporte. O setor mineral trabalha com material muito pesado, equipamentos pesados… esse caso da Vale vai aumentar muito a nossa taxa de mortalidade”, afirmou o auditor.

O Ministério Público conseguiu na justiça o bloqueio de R$ 1,6 bilhão para cobrir indenizações às famílias dos trabalhadores que morreram. De acordo com Faria, indenizações referentes a danos físicos e morais são definidas pela Justiça do Trabalho.

Desde o rompimento da barragem de Brumadinho, 10 auditores fiscais estão no local e, segundo Faria, são responsáveis por “entender as causas desse acidente de trabalho ampliado e proteger os trabalhadores que ainda estão trabalhando”.

Em nota, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) informou que “a taxa de acidentes de trabalho da mineração comparada a outros segmentos que apresentam alto risco, como construção civil e transportes, é relativamente semelhante”. Ainda segundo o Ibram, essa taxa “é mais elevada quando comparada à taxa de toda a indústria, por esta refletir uma média dos segmentos industriais”.

 

Fonte: Revista Proteção

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