Osasco/SP – São Paulo já bateu um recorde em 2014: o janeiro mais quente dos últimos 71 anos. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a média das temperaturas máximas registradas durante o mês foram de 31,9 graus. Agora imagine esta onda de calor somada a quentura das fábricas, o resultado é: perigos para a saúde e segurança do trabalhador.

Por isso, neste período, a atenção deve ser redobrada. Na base do Sindicato, muitos trabalhadores passam parte de sua jornada diária diante de fontes de calor, como nas fundições e siderúrgicas. A orientação aos cipeiros, técnicos de segurança, demais trabalhadores e empresa é ficar atento às altas temperaturas.

Para estes casos, a NR-15, Anexo 3, estabelece limites de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso, conforme a sua atividade.

“Dependendo da temperatura, o trabalhador deve trocar de atividade. Se atua numa moderada, em determinado momento deverá se dirigir para uma leve, por exemplo,” explica o médico do Sindicato, Paulo Moura.

Ele explica que o corpo reage às altas temperaturas externas aumentando a circulação sanguínea na pele, fazendo subir a temperatura nessa área. O corpo, então, perde o excesso de calor através o suor.

“Sem dúvida, na medida em que os músculos são exigidos pelo trabalho físico, parte do sangue flui para a pele para liberar o calor”, detalha.

No entanto, se o corpo não consegue eliminar o excesso de calor, a temperatura aumenta. “O trabalhador pode ficar desidratado, desmaiar e perder a sua capacidade de concentração e, como consequência, torna-se vulnerável ao acidente de trabalho”, resume Moura.

Fonte: Revista Proteção

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