O governo vai liberar R$ 42 milhões a fundo perdido aos catadores de material reciclável, categoria também atingida pela crise financeira mundial, conforme relato de fontes do Palácio do Planalto. Segundo os catadores, com a crise, as perdas ultrapassam os 60%.

O dinheiro será usado para a compra de máquinas e construção de galpões e virá do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério do Trabalho e Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

O governo avalia também ceder prédios federais desocupados para moradia dos catadores. Levantamento do Ministério da Previdência Social, por exemplo, constatou 12 imóveis que podem servir de habitação.

A liberação dos recursos foi definida depois de reunião, no Palácio do Planalto, dos ministros do Desenvolvimento Social,  das Cidades,  do Trabalho, do Planejamento,  da Previdência Social,  do Direitos Humanos, Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União e o presidente da Caixa Econômica Federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participou da reunião.

Representantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) alertaram que muitos catadores poderão deixar o setor por outras atividades informais se nada for feito dentro de 90 dias.
 
De acordo com o coordenador nacional do MNCR em São Paulo, Roberto Laureano, a queda das receitas já chega a 25% e prevê cenário de cooperativas fechando as portas nos próximos três meses.Ele informou que o quilo do ferro caiu de R$ 0,42 para  R$ 0,16, de setembro a novembro do ano passado. No mesmo período, o papelão baixou 14%, passando de R$ 0,28 para R$ 0,24 o quilo. O plástico coletado passou de R$ 0,40 para R$ 0,30, o equivalente a uma redução de 25%. O alumínio, que estava a R$ 3,40 em setembro, em novembro estava cotado a R$ 2,90.

Fonte: Agência Brasil.

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