Medicamentos usados pelos pacientes podem piorar a virose.
Rio – A dengue pode ser mais grave para quem tem doenças cardiovasculares. O alerta é da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio. Segundo os profissionais, a maior preocupação é com pacientes que fazem uso de anticoagulantes e antiagregantes, medicamentos que tornam o sangue mais fino a fim de evitar a formação de coágulos nas artérias.

“O vírus da dengue ataca as plaquetas, responsáveis pela coagulação. O uso desses remédios também reduz a quantidade dessas células. Ocorre, portanto, risco de hemorragia, queda de pressão e síndrome do choque”, explica o médico Wolnei Martins. Os antiagregantes (como a aspirina) e os anticoagulantes (varfarina e heparina) são indicados em diversos casos de problemas cardíacos, com uso a longo prazo. Em caso de dengue, é preciso que um cardiologista avalie se vale a pena ou não parar de tomar a medicação.

Wolney ainda lembra que o principal risco d

a dengue, seja para cardiopatas ou não, é o choque causado pela queda da pressão arterial, quando o sangue não tem pressão suficiente para chegar aos órgãos e tecidos. “Nestes casos, sintomas como suor abundante e batimentos acelerados, por exemplo, devem ser observados e o paciente, encaminhado imediatamente a uma unidade médica”, destaca o cardiologista.

Diagnóstico difícil
Quanto mais cedo o diagnóstico da dengue for feito, menores as chances de complicações. “Muitas vezes os sinais passam despercebidos, como dor no abdômen”, lembra o médico. Os casos mais comuns se manifestam com início repentino de febre alta, dor de cabeça, fraqueza, dores nas articulações, músculos e atrás dos olhos, e manchas na face, tronco e membros. E atenção: é quando a febre cessa que a dengue pode piorar. “Se há vômito, dor abdominal e não há febre, tem que ir imediatamente ao médico”, orienta o infectologista Edimilson Migowski.

Fonte: O Dia On line

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