O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, reuniu-se, nesta quinta-feira (23), em Brasília, com o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlos Lovatelli, e com o diretor do Greenpeace, Paulo Adário, para tratar sobre a expressiva redução no desmatamento no bioma Amazônia, desde o início da Moratória da Soja, assinada em julho de 2006.

A moratória da soja é um acordo assumido entre sociedade civil, indústria e governo, que proíbe o comércio, aquisição e financiamento de grãos produzidos em áreas desmatadas de maneira ilegal dentro do bioma Amazônia após julho de 2008.

O pacto vale também para áreas embargadas pelo Ibama e para propriedades que constem em lista de trabalho análogo ao escravo do Ministério do Trabalho e Previdência Social. Em maio deste ano, a moratória da soja no bioma Amazônia foi renovada, desta vez, por tempo indeterminado.

Segundo Paulo Adário, no início dos anos 2000, havia uma grande preocupação com a soja brasileira no mercado internacional, pois a soja estava muito ligada ao desmatamento do bioma Amazônia. Esse fato está sendo revertido graças ao empenho de todos os envolvidos.

Desde o início da moratória, a área de soja no bioma expandiu-se em cerca de 2,3 milhões de hectares, dos quais apenas 28,768 hectares (1,25%) encontram-se em não conformidade com o pacto, enquanto o restante (98,75%) está alinhado com essa iniciativa.

“Ao completarmos dez anos de moratória, temos muito a comemorar. A produção aumentou de forma gigantesca, 200%, mas o desmatamento caiu imensamente. O que comprova que a soja não é mais o motor do desmatamento do bioma, como já foi considerada, e que é possível produzir sem desmatar”, destacou Paulo Adário. Para ele, o governo tem tido um papel importante na moratória e no alcance desses resultados.

Durante o encontro, foi apresentado um relatório com os resultados do monitoramento da moratória da soja nos dez anos do acordo, data que será comemorada em setembro, em um evento em São Paulo.

 

Fonte: Portal Brasil

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *