Documentos levaram fiscais até empresária proprietária de quatro toneladas de produto altamente tóxico, apreendidos em junho deste ano.
MANAUS – Após meses de investigações, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou a empresária de Rondônia, Márcia Corrente Teixeira, como a responsável pela aquisição das quatro toneladas de produto altamente tóxico apreendidos em junho deste ano. De acordo com o órgão, o produto seria pulverizado sobre a floresta com o uso de uma aeronave e poderia destruir cerca de 4 mil hectares de floresta. A identificação da suspeita ocorreu após a comparação do número da nota fiscal no produto, que estava escondido em um ramal da estrada AM-174, que liga o município de Apuí a Novo Aripuanã. Como agrotóxicos devem ser rastreados durante sua comercialização, por determinação do Ministério da Agricultura, foi identificada a empresa que vendeu o produto, que por sua vez apresentou a pessoa que adquiriu o defensivo químico. Segundo o Ibama, Marcia Corrente Teixeira é esposa de Gilmar Teixeira, apontado como principal suspeito. Ele é considerado um dos maiores desmatadores do Amazonas e já foi multado em mais de R$ 23 milhões por desmatar mais de 4,5 mil hectares de floresta. A descoberta do agrotóxico veio durante a monitoração
dessa área, fiscalizada desde 2005. Informantes garantiram ao Ibama que Teixeira esperava o Instituto deixar a região para contratar homens e motosserras para desmatar, no entanto, a presença constante das operações fez com que ele desistisse de desmatar do modo convencional e comprava o agrotóxico para burlar a fiscalização. O acusado foi multado em R$ 2 milhões por armazenar produto tóxico em local inapropriado causando dano direto a unidade de conservação. De acordo com o Chefe da Divisão de Fiscalização do IBAMA no Amazonas, Jerfferson Lobato, o caso já foi encaminhado ao Ministério Público Federal e Estadual. Ele Informou ainda que o sul do Amazonas continuará sendo monitorado mantendo a operação Guaricaya em campo para evitar novos crimes contra o meio ambiente.

Fonte: Portal Amazonia

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