O verão começou há apenas um mês, mas as tempestades típicas da época já mostram uma tendência preocupante. Nesses primeiros dias de janeiro, 11 pessoas morreram atingidas por raios no Brasil. Segundo um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais revelado na quarta-feira pelo JN, seis delas estavam na praia.”Na água, é pior ainda, mas mesmo na areia está correndo risco. Então, novamente, você deve evitar de ficar na areia e buscar abrigo numa casa ou num automóvel fechado”, orientou Osmar Pinto Jr., pesquisador do Inpe.

 Na segunda-feira (19) foram duas mortes no Rio de Janeiro. Uma estudante de 24 anos, que fazia uma trilha na mata, e um menino de 11, atingido quando soltava pipa. Em todo o Brasil, o número de vítimas já supera o do mesmo período de 2008, ano que registrou o maior número de mortes por raio no país: 75.

Cientistas do Inpe afirmam que a temporada de maior incidência de raios, que geralmente termina em março, vai se prolongar até abril. E isso vai acontecer por causa do fenômeno La Niña. Ele provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial. Com a temperatura mais baixa, a formação de nuvens diminui, o que influencia toda a circulação de ar no continente.

Segundo os especialistas, o fenômeno vai intensificar as tempestades e a incidência de raios nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

“Em 2009, o fenômeno está crescendo com o pico previsto para março. Então, provavelmente, nós vamos ter um período de raios mais longo, o que deve representar mais raios, mais mortes, mais prejuízos”, explicou Osmar Pinto Jr.

Prejuízos que podem chegar a R$ 1 bilhão por ano para o setor industrial. Só as empresas de fornecimento de energia gastam R$ 600 milhões para consertar os estragos.

Fonte: O Globo.

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