São Paulo/SP – Em diversos momentos de sua história, a Fundacentro já demonstrou preocupação com assuntos referentes à Segurança e Saúde na Escola. Nesta linha, o tema Saúde dos Professores já foi pauta de pesquisas e publicações da instituição, mas a temática vem ganhando novo impulso por meio de ações recentes da área de educação da instituição.

Entre essas ações, merece destaque a criação da Comunidade Saúde dos Professores no âmbito da Rede de SST,

projeto em implementação desde 2013 e com o propósito de agregar comunidades temáticas, conforme necessidade e interesse dos diversos setores sociais envolvidos.

No momento existem quatro comunidades na Rede de SST, a sua mais nova integrante é sobre “Saúde dos Professores”, criada neste mês de outubro, pela Coordenação de Educação (CEd). Essa comunidade pretende incorporar especialistas e estudiosos da temática saúde dos professores, para que possam compartilhar os seus conhecimentos e experiências, a fim de colocá-los a serviço de ações que possibilitem promover melhorias nas condições de trabalho dos docentes.

O responsável pela comunidade é tecnologista da Fundacentro/SP, Jefferson Peixoto da Silva salienta que a comunidade está em fase de ampliação, sobretudo com vinculação de membros. Por enquanto, os membros que compõe a comunidade são de São Paulo, mas estão estudando uma forma de expandir o núcleo para outros estados. Segundo o tecnologista, a intenção é aprofundar a discussão com os educadores da Fundacentro de outros estados a fim de que eles sejam as figuras centrais de representação da comunidade em suas respectivas localidades de atuação.

“Nossa preocupação é potencializar ações que repercutam em melhoria das condições de trabalho dos professores, uma vez que as pesquisas realizadas até o momento indicam a existência de um conjunto razoável de publicações e ações voltadas à saúde dos professores, mas elas não têm surtido o devido efeito no quesito melhoria de condições de trabalho. Por isso, a comunidade nasce dentro de uma perspectiva de intervenção”, enfatiza Peixoto. Além disso, Jefferson salienta que a preocupação com a temática não é apenas com relação à saúde e segurança do trabalhador no contexto de conteúdos a serem ensinados e, sim, poder transformar temas de SST, em sentido ampliado, em objeto de aprendizagem e seguindo a vocação da escola. A ideia de criação desta comunidade, segundo o pesquisador, decorreu das ações realizadas no contexto do projeto intitulado: “Saúde e Segurança dos Professores – Constatações e Possibilidades de intervenção”, o qual desenvolve em paralelo com projeto de doutoramento.

Peixoto comenta que além dos professores, é importante também pensar a segurança e a saúde de alunos e demais funcionários da escola. Sobre isso, ele relata que em conjunto com a pesquisadora da Fundacentro/SP, Thais Helena de Carvalho Barreira concederam uma entrevista à Revista Escola Pública que abordou as condições de trabalho dos funcionários da escola e apresentou uma discussão a respeito de possibilidades de garantir um ambiente de trabalho mais saudável.

Além da comunidade, a CEd realizou e coordenou outras ações importantes neste mês, dentre as quais destaca-se as atividades voltadas ao Dia Nacional da Segurança e Saúde nas Escolas. Neste contexto, a Fundacentro no Rio de Janeiro, no Mato Grosso do Sul e a Biblioteca no Centro Técnico Nacional (CTN) também promoveram atividades para o Dia 10 de Outubro.

“A linha de trabalho que a área de educação da Fundacentro vem desenvolvendo a este respeito visa levar conhecimentos de SST para o ambiente escolar, tanto no sentido de contribuir para a promoção da Segurança e Saúde dos profissionais da escolas quanto no sentido de transformar temas de SST em objeto de aprendizagem para os alunos”, diz Jefferson. Essa é uma das principais argumentações apresentadas pelo tecnologista no texto publicado no Portal do Dia Nacional da Segurança e Saúde nas Escolas da instituição por ocasião da comemoração da data.

A Assessoria de Comunicação Social (ACS) da instituição publicou uma matéria que tratou dos dois anos do Dia Nacional de SST nas escolas.

A matéria citada discorre sobre o primeiro momento de contato com a Lei que criou o Dia Nacional da Segurança e Saúde nas Escolas. Essa produção resultou na produção de uma Cartilha que teve por objetivo subsidiar o professor a compreender e trabalhar a temática SST de modo transversal nas atividades escolares cotidianas e nas disciplinas lecionadas. Por isso, a publicação traz também atividades e sugestões de atividades a serem realizadas pelos alunos. A exemplo dessa atividade lúdica, a Fundacentro esteve na Semana de C&T e o público infantil pode interagir com o jogo. Segundo o tecnologista, até o momento já foram distribuídas dez mil cartilhas.

Jefferson completa dizendo que uma das metas é aprofundar a elaboração desses materiais. “Os materiais existentes sobre SST são escritos por especialistas da área e voltados em sua grande maioria para os próprios especialistas, além de outros voltados aos trabalhadores, por isso é importante criar publicações com linguagem mais destinada ao aluno do ensino básico das escolas públicas e privadas”, salienta o tecnologista.

A Coordenação de Educação acredita que as ações desenvolvidas até o momento foram positivas e estudam formas para aprofundar essas ações em cumprimento do Programa Nacional de Educação em Segurança do Trabalhador (Proeduc) e em função da responsabilidade atribuída à Fundacentro pelo Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PLANSAT).

O desenvolvimento de atividades como essas que a área de educação vem realizando como oficinas, palestras, produção de cartilhas, cartaz e alimentação do subsite em benefício do professor e do aluno contribui para o cumprimento da missão da Fundacentro de fomentar e disseminar conhecimentos sobre SST. “No rol dessas ações, realizamos uma palestra em uma escola da zona sul de São Paulo, para um público que contou com professores, coordenadora pedagógica, diretor da escola, funcionários da área administrativa e limpeza. O nosso objetivo era dar subsídios para a implementação das ações do Dia 10 de Outubro e disseminar outras ações voltadas à saúde e segurança desses profissionais”, salienta Silva. Na ocasião, foram distribuídas 200 cartilhas que serão utilizadas em atividade pedagógica a ser acompanhada por nós em função de estudo que está sendo realizado.

O tecnologista destaca que tal atividade fez parte da etapa do Projeto SST para o Público Jovem, o qual tem duas vertentes, uma que se volta para as escolas de educação básica e a outra que se destina às escolas de aprendizagem profissional.

A coordenadora da área de educação, Sonia Maria Jose Bombardi participou no dia 07/10, do Ciclo de Palestras da Fundacentro da Baixada Santista. Durante a sua palestra comentou que o tema SST não teria que ser uma disciplina como as demais já existentes nos currículos, mas constar e estar inserida transversalmente em outras disciplinas. “Todo esse trabalho desenvolvido pela instituição tem como objetivo contribuir para a formação de uma cultura de SST em nossa sociedade”, salienta a coordenadora da área de educação.

Fonte: Revista Proteção

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