Descargas elétricas preocupam: houve aumento de 240% em relação a 2007.

Rio – Cientistas estão preocupados com fenômenos naturais que nos atingem em intensidades bem diferentes: raios e tremores de terra. O Rio deverá ganhar oito estações para detectar os sismos. Em relação aos raios, o Estado foi aquele em que a incidência mais cresceu no Sudeste comparada à de 2007, aumentando em 240%. Ano que vem, mecanismo vai ajudar a prevenir incêndios florestais decorrentes das descargas elétricas.

Duas das oito estações de monitoramento de tremores já têm até local confirmado: Angra dos Reis e Vassouras. Elas farão parte de uma rede que vai instalar cerca de 50 estações no País inteiro, a partir do ano que vem, iniciada pelo Observatório Nacional (ON) e patrocinada pela Petrobrás. Outras seis estações ainda poderão ser instaladas no Estado em outro projeto do ON. Os locais ainda estão sendo estudados.

Na rede já confirmada em nível nacional, as primeiras 11 estações funcionarão nas Regiões Sul e Sudeste. “A razão principal é que são as regiões de maior densidade populacional. É uma área em que, embora os tremores não tenham força, são muito freqüentes. Com a rede, haverá melhores estatísticas”, explica Sérgio Luiz Fontes, diretor do Observatório.

Além de prevenir acidentes em plataformas de petróleo, as estações ajudarão a entender tremores como o terremoto de 4,9 graus na escala Richter que matou uma pessoa em Minas Gerais em dezembro do ano passado. Depois do Sul e Sudeste, o próximo passo é construir estações para monitorar o Norte e Nordeste, que recebem tremores mais fortes.

Já a incidência de raios, na qual o Brasil é recordista mundial, com 50 milhões por ano, é bem mais perigosa. Só este ano, 18 pessoas já morreram em decorrência das descargas elétricas.

Nove casos foram no Sudeste, mas nenhum no Rio. O perigo, no entanto, está presente: segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), na região Sudeste o estado do Rio é o que apresenta maior aumento de incidência de descargas atmosféricas. A subida de 240% se refere à comparação entre o mês passado e o mesmo período dos dois anos anteriores. A explicação é o fenômeno ‘La Niña’. “O esfriamento das águas do Pacífico Equatorial dificulta a entrada de frentes frias. Neste verão, estamos vendo menos chuvas e mais raios”, observa Osmar Pinto Jr, coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe.

Prevenção a incêndios florestais

A partir do ano que vem, o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto de Pesquisas Espaciais terá em seu site na Internet um modelo de previsão de descargas elétricas que possam causar incêndios florestais, inclusive em vegetações do Rio. A informação foi antecipada ontem pelo colunista de O DIA Ricardo Boechat.

“Através da análise de mapas de florestas e da incidência de raios e chuva, o modelo fará a previsão em tempo real na Internet da probabilidade de ocorrer um incêndio em áreas florestais”, explica o coordenador do grupo, Osmar Pinto Júnior. O modelo, gerado por programas de computador, estará à disposição de autoridades interessadas, e vai ajudar a saber se o incêndio foi causado pelo homem.

Fonte: João Ricardo Gonçalves, O Dia Online

2 thoughts on “Rio terá monitoramento de raios e tremores

  1. A manutenção dos para raios deve ser bem feita, sendo os profissionais responsáveis pelo serviço habilitados junto e detentores deconhecimento para tal.

    Lembrando que este serviço deve ser realizado dentro dos prazos estipulados pela norma pertinente.

  2. Parabéns, seus comentários são sempre eficazes e muito didáticos. Torço para seu sucesso em todas as áreas da sua vida.

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